segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Meras palavras, meras memórias








Por vezes dedicam-nos canções que no momento, não nos percebemos, nem sentimos o seu significado, apenas ficam marcadas dentro de nós como ‘foi aquela música que eu ouvi quando estive contigo’ olhar para os seus nomes, e viver tudo de novo, sentir a felicidade, sentir a tristeza, sentir a dor de como se nos faltasse algo, sentir uma gota a escorrer no nosso rosto, tudo isso apenas para nos apercebermos o quanto amamos essa pessoa… Mas com tudo isto acabamos por nos aperceber de que a perdemos, ou as atitudes não foram as correctas, ou então o amor pelos dois não era verdadeiro…
Em pequena sempre que me contaram histórias, todas elas acabavam com finais felizes, nada de lágrimas, nada de dor, nada de mágoa, nada de mortes, nada simplesmente nada de amargura, apenas sorrisos, uma enorme felicidade, e bastante esperança, agora cresci, e onde estão esses finais felizes, onde é que foram parar os sorrisos e principalmente a felicidade? Toda essa frase ‘(…) e viveram felizes para sempre’ ficou nos livros, apenas em meras páginas, que mal relatam a verdade que há cá fora… cá fora, não, não temos finais felizes, mas temos desilusões, traições, e porque é que nos custa tanto aperceber-nos de que é esta a realidade, de que é isto a nossa vida? Porque em pequenos sempre nos protegeram de tudo isto…

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

A realidade é errada, os sonhos são reais





Porque é que uma paixão de dois anos acaba pelas piores razões, pelas piores maneiras, e com as piores recordações? Porque é que à tantos ‘porque’ na nossa vida? Porque é que quando acontece alguma coisa perguntamos sempre porque é que isto aconteceu ou então porque é que isto acabou, temos sempre a esperança de encontrar respostas a essas perguntas, mas por vezes nem sequer lá perto chegamos, ou estamos demasiado longe da resposta, ou simplesmente não a queremos ver, não a queremos saber…
Quando era pequena sonhava sempre com castelos, princesas e príncipes encantados, dragões, feiticeiros, fadas dos dentes acreditava num mundo de fantasia, mas porque é que quando somos pequenos, nos dizem coisas que são mentira? Porque é que quando fazemos asneira, nos dizem: não faz mal, e nós sorrimos e não nos preocupamos mais com isso, não damos conta que o mundo lá fora é diferente, que é tudo muito mais difícil, que nada é como nós pensamos, e que nada é como nós queremos… Agora tomamos certas decisões que nos fazem ficar, dias e dias, a pensar sem ter mais nenhuma preocupação em mente, e porque? Porque nos apercebemos realmente que a realidade é o real e os sonhos são errados, todos os sonhos de criança morreram, todas as coisas estúpidas em que acreditávamos desapareceram, por vezes apetece-nos voltar atrás, para quando, nada nos fazia mal, nada nos fazia sofrer, por termos sempre os pais ou a família por perto, cada vez que caiamos, eles iam lá davam beijinho na ferida e isso passava, e agora crescemos e temos feridas maiores que aquelas que tínhamos em pequenos, e não passa com um simples beijinho…
Aquelas desilusões, paixões, traições, fazem parte da nossa realidade errada que chamávamos quando éramos pequenos, mas será que faz diferença voltar a ser criança, e depois ter que viver tudo de novo?

domingo, 9 de outubro de 2011

Uma vida $:





Posso não ter estado contigo desde o inicio, mas será que isso importa? Tanta aventura que vivemos, tanta asneira que fizemos, tantas gargalhadas que demos, tantas lágrimas que deixamos cair, tantas as vezes que caímos ao mesmo tempo, tantas as vezes que nos levantamos uma à outra, tantos textos que escrevíamos para demonstrarmos ao mundo como nos sentíamos naquele momento, por vezes sem saber o que escrever, o que dizer, o que sentir, o que pensar, olhamos uma para a outra na esperança de nos lembrarmos da palavra que queríamos desde o inicio… 
Vamos contar as vezes que nos ajudamos uma à outra pelos dedos… eu não acho que seja boa ideia, não iríamos sair daqui hoje, já te disse por todas as vezes que chorares eu estarei lá quer seja para chorar contigo, quer seja para te por a sorrir $:
amo-te muito twin

sábado, 8 de outubro de 2011

Um momento


 
 Sinceramente eu já não sei o que escrever, as palavras simplesmente deixaram de ter tanto significado, as letras deixaram de ter aquele carinho que sentíamos, as vírgulas deixaram de fazer sentido, os pontos finais passaram a ser o final da amizade que tínhamos. Eu olho para trás e vejo apenas bocados de folha queimada atiradas pela janela, caindo no chão e depois levadas pelo vento acabando por desaparecer, canetas já sem tinta depois de tanto escrever, o meu quarto cheio de papéis amachucados, as paredes a cair, apenas me restava uma coisa… uma fotografia. Uma fotografia tua, é apenas a única memória que me resta, é a única memória da qual eu me orgulho em dizer que és a mulher da minha vida, aquela em quem confiava, aquela que me enchia de felicidade, e agora tudo isso acabou.