Porque é que uma paixão de dois anos acaba pelas piores razões, pelas piores maneiras, e com as piores recordações? Porque é que à tantos ‘porque’ na nossa vida? Porque é que quando acontece alguma coisa perguntamos sempre porque é que isto aconteceu ou então porque é que isto acabou, temos sempre a esperança de encontrar respostas a essas perguntas, mas por vezes nem sequer lá perto chegamos, ou estamos demasiado longe da resposta, ou simplesmente não a queremos ver, não a queremos saber…
Quando era pequena sonhava sempre com castelos, princesas e príncipes encantados, dragões, feiticeiros, fadas dos dentes acreditava num mundo de fantasia, mas porque é que quando somos pequenos, nos dizem coisas que são mentira? Porque é que quando fazemos asneira, nos dizem: não faz mal, e nós sorrimos e não nos preocupamos mais com isso, não damos conta que o mundo lá fora é diferente, que é tudo muito mais difícil, que nada é como nós pensamos, e que nada é como nós queremos… Agora tomamos certas decisões que nos fazem ficar, dias e dias, a pensar sem ter mais nenhuma preocupação em mente, e porque? Porque nos apercebemos realmente que a realidade é o real e os sonhos são errados, todos os sonhos de criança morreram, todas as coisas estúpidas em que acreditávamos desapareceram, por vezes apetece-nos voltar atrás, para quando, nada nos fazia mal, nada nos fazia sofrer, por termos sempre os pais ou a família por perto, cada vez que caiamos, eles iam lá davam beijinho na ferida e isso passava, e agora crescemos e temos feridas maiores que aquelas que tínhamos em pequenos, e não passa com um simples beijinho…
Aquelas desilusões, paixões, traições, fazem parte da nossa realidade errada que chamávamos quando éramos pequenos, mas será que faz diferença voltar a ser criança, e depois ter que viver tudo de novo?

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